domingo, 28 de setembro de 2008

Eu, a incerteza, e os desabafos...

Madrugada de sábado para domingo escutando Smashing Pumpkins e jogando paciência chinesa. Parece um cenário tranqüilizador depois de passar tudo e mais um pouco nessas duas últimas semanas. Dor de cabeça. TPM. Não querer ver nem falar com ninguém e lidar com o fato de estar cercada de gente. Quem me conheceu na adolescência e presenciasse meus surtos de anti-socialismo provavelmente perguntaria quem me houvera abduzido e quem era aquele alienígena em meu lugar.

Descobri que é da natureza do ser humano do sexo feminino ficar puto pelo menos um dia no mês, e querer mandar o patrão às favas. O problema é só um: sempre gostei de manter tudo, absolutamente tudo sobre controle na minha vida. Coisa que não acontece lá com muita freqüência esse ano. Aliás, as coisas acontecem, em boa parte, ao avesso do que espero. E espero, há sempre uma expectativa por trás das coisas nefastas que acontecem.

Poderia facilmente expor-me ao velho e bom recurso da dúvida, que sempre me assistiu em outros momentos. Só que eu ando de saco cheio de ter dúvidas ultimamente. E é ruim contar com esse recurso quando VOCÊ é o recurso com o que outras pessoas contam. A calmaria dessa noite é relativa, bem o sei. Mas quero desfrutá-la. Preciso desfrutá-la depois desse dia de Cosme e Damião triste, em que lembro que minha mãe não está mais aqui, mandando a molecada organizar a fila pra distribuir balinhas. Até isso faz falta na vida de quem é órfã de pai e mãe.

Carregar o mundo nas costas e a vida nos pés é mais que um ofício. É um sacerdócio diário. Problema nenhum, não fosse eu a rebelde que fugira do seminário... Sigo fazendo do meu jeito as coisas certas e erradas. Tenho anseios. Tenho sonhos. Ainda os tenho. Falta-me tempo pra correr atrás de todos eles. Sou uma leoa que precisa caçar e sobreviver para manter o clã. Mas, está tudo guardado comigo.