domingo, 20 de junho de 2010

Sobre minhas relações com a música

Que posso escrever pra começar? Em meu caso, música é catarse. Preciso escutar música e cantar música a plenos pulmões de tempos em tempos. Isso serve pra expulsar de mim tudo o que incomoda. Ao contrário do que se pensa, calar-se pra não ofender tem seu preço. Fingir que as coisas não te perturbam de jeito nenhum é mais caro ainda. Apagar um incêndio num ambiente prestes a pegar fogo, pode valer o equivalente ao salário do ano...

Há quem diga que tenho um gosto musical muito restrito. Talvez porque o créu, o Justin Bieber e a Hannah Montana estejam totalmente fora de minha preferências. Há quem me considere radical: ela não gosta de música sertaneja. Como assim? Você não gosta de pagode? Odeia o Belo? Odeia tati Quebra Barraco também? Do que você gosta afinal? Só de rock?

Nem só de rock vive a Janine. Ela também gosta de música pop, New Age, um pouco de reggae e música clássica nas horas vagas. Os instrumentos e as vozes têm de me conquistar, senão nada feito. Entre as vozes que me hipnotizam, posso citar Annie Lennox, Billie Holliday, Dolores O'Riordan (dos Cramberries), as vocalistas do Garbage e do Cardigans, o vocalista do Depeche Mode e o vocalista do Echo and the Bunnymen, Peter Murphy (ex Bauhaus) e Brian Molko (Placebo). Loreenna McKennitt e Enya também alcançam tons maravilhosos. E confesso que, há três semanas, voltei a me apaixonar perdidamente pelo vozeirão da Tina Turner.

Um de meus amigos que, vez ou outra se aventura a tocar violão e cantar comigo, me disse que eu só gosto de cantar coisa difícil. Não sei. Na hora não tive resposta pra esse comentário, mas agora acho que isso de dizer que a música é difícil depende. Quando a música passa a ser parte de você, nada é difícil.

Tem um segredinho que as pessoas que já me viram em apresentações da escola não sabem, ou não sabiam até ler o post desse blog: ao cantar, fico tímida diante de meu público. Quem me conhece e sabe que faço teatro há mais de 20 anos acha isso um absurdo, mas a explicação é bem simples. No teatro há um personagem: quem recita a poesia é o personagem, nA Casa de Bernarda Alba, que apresentei anos atrás com meus amigos de turma de espanhol, não era a Janine que gritava a todos pulmões: quem mandava e desmandava era a Bernarda. Quando apareço no Halloween da escola onde trabalho, seja de Tempestade, She-Ra, Tiazinha, Sakura ou Darth Vader, aí é que estou escondida atrás do personagem MESMO. Quando canto, não tem dessa. É a Janine sem máscaras.

Portanto, não se esqueça: na próxima Soirée de Talents, no próximo Spring Festival, ou no próximo encontro de amigos pro Videokê: eu não faço brincadeirinhas só porque eu sou palhaça; eu morro de vergonha de cantar em público, de perceber que estou em público pra isso. Só que a vida me ensinou que o melhor jeito de driblar a vergonha é enfrentar a situação.

Meu recado pra todos os tímidos de plantão é: se a coragem virou as costas para você, passe a mão na bunda dela que rapidinho ela te olha!

Beijos a todos: esse texto só comprova que meus blogs estão de volta! Rebordosahh vive. Boa noite

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